Sento-me no Templo. O aroma do incenso embriaga-me os sentidos. A sua frescura e perfume envolvem-me serenamente, pacificando o meu coração.
As paredes nuas do Templo reflectem a cálida luz do pôr do sol. Cerro os olhos. Uma onda intensa de calor vibra por todo o meu corpo, como se participasse num bailado cósmico, em comunhão com o Todo, com o Universo.
Contemplo a Criação divina na sua plenitude e perfeição. Cada átomo, cada célula minha está em êxtase total!
Súbitamente, uma presença etérea surge à minha frente. Um ser alado, brilhante, magnífico, aquece o templo com a sua beleza e energia.
Começamos a dançar, em espirais cada vez mais rápidas e intensas... Sinto a minha energia fundir-se com a dele... Tornamo-nos num só Ser... A Alquimia inicia o seu processo, transformando-me para todo o sempre...
E o incenso cada vez mais intenso, o único espectador que presencia ao nosso bailado, silenciosamente observando...
31/07/07
Dança Ancestral
A Lua Cheia ilumina a floresta. As fogueiras formam um círculo sagrado onde eu e os meus companheiros da aldeia dançamos frenéticamente, em homenagem à Deusa Mãe Terra.
Os rústicos tambores preenchem com a sua cadência cada vez mais rápida os nossos ouvidos, levando-nos a um transe, transportando-nos para uma outra dimensão, a uma viagem interior única.
O meu espírito começa a revelar-me algo nunca visto. Seres de Luz envolvem-me. Animais, fadas, faunos, anjos e arcanjos dançam ao meu redor, numa Comunhão comigo e com o Universo.
Começo a cantar numa língua inexistente, dançando em círculos, como se voasse...
Sinto-me cada vez mais viva, mais leve, a transbordar de Amor Incondicional...
Ouço uma voz... É a minha mãe, que me acorda! Afinal foi um belo sonho... Mas teria sido apenas um sonho?
Os rústicos tambores preenchem com a sua cadência cada vez mais rápida os nossos ouvidos, levando-nos a um transe, transportando-nos para uma outra dimensão, a uma viagem interior única.
O meu espírito começa a revelar-me algo nunca visto. Seres de Luz envolvem-me. Animais, fadas, faunos, anjos e arcanjos dançam ao meu redor, numa Comunhão comigo e com o Universo.
Começo a cantar numa língua inexistente, dançando em círculos, como se voasse...
Sinto-me cada vez mais viva, mais leve, a transbordar de Amor Incondicional...
Ouço uma voz... É a minha mãe, que me acorda! Afinal foi um belo sonho... Mas teria sido apenas um sonho?
30/07/07
OSHO
Querido Mestre OSHO:
Escrevo estas singelas linhas para te agradecer tudo o que me ensinaste. Os teus magníficos discursos são um precioso alimento para a minha Alma, sedenta de conhecimento e de verdadeira Consciência.
Iluminas a minha existência. Contigo compreendi que o genuino Amor é a única ligação ao Divino, é a verdadeira redenção e libertação.
A Dança existencial é a genuina celebração, a comunhão das Almas que se querem reencontrar. E foi com a Dança que eu renasci, tal como a Fénix, das cinzas do caos emocional e psíquico. Com as tuas sábias palavras fui reconstruindo e resgatando o meu Amor próprio, a Alegria interior, a serenidade...
Todas as palavras são escassas para exprimir a minha eterna gratidão, querido Mestre!
Com Amor,
Sandra
"A VIDA é uma Dança e você precisa participar nela. E quanto mais silencioso você fica, mais profunda é a sua participação. Nunca se retire da VIDA, seja verdadeiro para com ela, esteja comprometido com ela."
OSHO
Escrevo estas singelas linhas para te agradecer tudo o que me ensinaste. Os teus magníficos discursos são um precioso alimento para a minha Alma, sedenta de conhecimento e de verdadeira Consciência.
Iluminas a minha existência. Contigo compreendi que o genuino Amor é a única ligação ao Divino, é a verdadeira redenção e libertação.
A Dança existencial é a genuina celebração, a comunhão das Almas que se querem reencontrar. E foi com a Dança que eu renasci, tal como a Fénix, das cinzas do caos emocional e psíquico. Com as tuas sábias palavras fui reconstruindo e resgatando o meu Amor próprio, a Alegria interior, a serenidade...
Todas as palavras são escassas para exprimir a minha eterna gratidão, querido Mestre!
Com Amor,
Sandra
"A VIDA é uma Dança e você precisa participar nela. E quanto mais silencioso você fica, mais profunda é a sua participação. Nunca se retire da VIDA, seja verdadeiro para com ela, esteja comprometido com ela."
OSHO
27/07/07
Espera
Como se toda uma existência se condensa-se num momento de espera.
No café, no Museu, numa roda de amigos, em casa... Espero por algo, por alguém. Espero o entreabir de uma nova porta, de uma outra luz, de algo sempre sublime e inocente.
Todo um ritual ancestral se desencadeia nesses momentos. Tal como uma gota de água, a insustentável leveza dá lugar a uma incomensurável mansidão e tranquilidade, cada vez mais e mais sábia, cada vez mais pura. Como uma gota de chuva que graciosamente se une ao mais árido dos solos.
A arte de bem esperar um suspiro, um olhar embevecido de uma mãe orgulhosa, de dois amantes eternos... O vulto de uma promessa que se quer cumprir... A sensação do cumprimento da mais sagrada das missões.
Esperar implica aguardar, ter esperança. E é esta esperança que purifica, transformando-se em Meditação, permitindo a transmutação da Consciência.
Não tenho medo de esperar. Não tenho pressa. Percorro o corredor do quadro dos relógios moles Dalinianos, numa ânsia de que a memória persista.
Como se cada momento passado tivesse a flexibilidade de uma bailarina e me alimentasse. Busco este alimento precioso e inacessível. Mas parece estar cada vez mais perto...
Os instintos mais básicos tentam minar toda esta tranquilidade e tranformar o acto de esperar num desespero agoniante.
Espero por ti e por mim. Será que pensas em mim neste momento? Não te vejo, mas sei que existes em mim.
Consegues descrever essa espera? Eu também não. Por isso escrevo e exorciso este medo de deixar de querer esperar. Não fujas! Por favor, não te vás embora! Lê estas palavras e sente-as. E que a Luz as transporte e me faça guiar até ti...
Desta que te espera, com amor...
No café, no Museu, numa roda de amigos, em casa... Espero por algo, por alguém. Espero o entreabir de uma nova porta, de uma outra luz, de algo sempre sublime e inocente.
Todo um ritual ancestral se desencadeia nesses momentos. Tal como uma gota de água, a insustentável leveza dá lugar a uma incomensurável mansidão e tranquilidade, cada vez mais e mais sábia, cada vez mais pura. Como uma gota de chuva que graciosamente se une ao mais árido dos solos.
A arte de bem esperar um suspiro, um olhar embevecido de uma mãe orgulhosa, de dois amantes eternos... O vulto de uma promessa que se quer cumprir... A sensação do cumprimento da mais sagrada das missões.
Esperar implica aguardar, ter esperança. E é esta esperança que purifica, transformando-se em Meditação, permitindo a transmutação da Consciência.
Não tenho medo de esperar. Não tenho pressa. Percorro o corredor do quadro dos relógios moles Dalinianos, numa ânsia de que a memória persista.
Como se cada momento passado tivesse a flexibilidade de uma bailarina e me alimentasse. Busco este alimento precioso e inacessível. Mas parece estar cada vez mais perto...
Os instintos mais básicos tentam minar toda esta tranquilidade e tranformar o acto de esperar num desespero agoniante.
Espero por ti e por mim. Será que pensas em mim neste momento? Não te vejo, mas sei que existes em mim.
Consegues descrever essa espera? Eu também não. Por isso escrevo e exorciso este medo de deixar de querer esperar. Não fujas! Por favor, não te vás embora! Lê estas palavras e sente-as. E que a Luz as transporte e me faça guiar até ti...
Desta que te espera, com amor...
Abraça-me...
Abraça-me! Abraça-me até não poderes mais, até te embriagares de mim, até à exaustão...
Perde-te em mim! Sente-me! Não tenhas medo... Apenas quero sentir-te e a mim...
Flutuamos num hiper-espaço azul-infinito, numa leveza de Ser totalmente sustentável e reconfortante...
Aproxima-te! Porque receias? Não irei fazer-te mal... Sabes o quanto eu quero estar contigo? Não te vejo, no entanto sinto a tua tão desejada presença. Já nos conhecemos ao longo de infindáveis existências e, no entanto, receias-me. Confia em mim!
Não te quero possuír de um modo egoico e psicótico. Apenas quero sentir-te, tocar na tua Alma, absorver cada palavra tua...
Abraça-me simplesmente...
Perde-te em mim! Sente-me! Não tenhas medo... Apenas quero sentir-te e a mim...
Flutuamos num hiper-espaço azul-infinito, numa leveza de Ser totalmente sustentável e reconfortante...
Aproxima-te! Porque receias? Não irei fazer-te mal... Sabes o quanto eu quero estar contigo? Não te vejo, no entanto sinto a tua tão desejada presença. Já nos conhecemos ao longo de infindáveis existências e, no entanto, receias-me. Confia em mim!
Não te quero possuír de um modo egoico e psicótico. Apenas quero sentir-te, tocar na tua Alma, absorver cada palavra tua...
Abraça-me simplesmente...
20/07/07
Cabo Verde
Entro na sala ampla da "Associação Caboverdiana" e começo imediatamente a ouvir a melódica voz do cantor que anima o almoço dessa tarde soalheira de Julho.
Vários pares dançam alegremente ao som desta música tão envolvente e sensual: o "funáná". De seguida, surge uma belíssima morna, suave como uma brisa de Verão.
Eu não resisto e convido o Luís para dançar comigo. A minha mente viaja até ao belíssimo arquipélago de Cabo Verde, onde o tempo passa mais devagar e as pessoas são afáveis e belas como o seu mar...
O ritmo da Kizomba preenche agora o palco improvisado e os pares dançam a um ritmo cada vez mais frenético e contagiante. O meu coração dispara a 100 à hora, de tão vivo que se sente!
É hora de regressar ao trabalho... Mas eu, a Ana, o Luís e os seus amigos regressámos muito mais soltos, muito mais vivos e com "sodade" daquela terra de Cabo Verde!
Vários pares dançam alegremente ao som desta música tão envolvente e sensual: o "funáná". De seguida, surge uma belíssima morna, suave como uma brisa de Verão.
Eu não resisto e convido o Luís para dançar comigo. A minha mente viaja até ao belíssimo arquipélago de Cabo Verde, onde o tempo passa mais devagar e as pessoas são afáveis e belas como o seu mar...
O ritmo da Kizomba preenche agora o palco improvisado e os pares dançam a um ritmo cada vez mais frenético e contagiante. O meu coração dispara a 100 à hora, de tão vivo que se sente!
É hora de regressar ao trabalho... Mas eu, a Ana, o Luís e os seus amigos regressámos muito mais soltos, muito mais vivos e com "sodade" daquela terra de Cabo Verde!
17/07/07
A Dança da Vida
A Vida é uma constante Dança e contra Dança, por vezes suave, noutras um violento rodopio...
A Dança tornou-se para mim uma das minhas maiores razões de viver, tão essencial como a respiração.
Com ela expresso o Amor, o Riso, a Raiva, a tristeza, a saudade...
E transmuto a minha essência perene, dando forma a uma secreta e poderosa Alquimia...
E é através desta Alquimia que eu vou reconhecendo e recordando o meu verdadeiro Ser, a minha Alma...
Dou graças a todos os momentos de Vida, sobretudo os que foram dançados, ao som da música da Existência Divina, eternamente presente...
Sandra Gonçalves
“A dança não é diversão mas sim religião, a religião da beleza. Para quem dança, o movimento é um meio de expressão dos sentimentos e pensamentos da alma.”
Isadora Duncan
“Vivemos porque dançamos, vivemos enquanto dançamos...”
Rudolf Nureyev
A Dança tornou-se para mim uma das minhas maiores razões de viver, tão essencial como a respiração.
Com ela expresso o Amor, o Riso, a Raiva, a tristeza, a saudade...
E transmuto a minha essência perene, dando forma a uma secreta e poderosa Alquimia...
E é através desta Alquimia que eu vou reconhecendo e recordando o meu verdadeiro Ser, a minha Alma...
Dou graças a todos os momentos de Vida, sobretudo os que foram dançados, ao som da música da Existência Divina, eternamente presente...
Sandra Gonçalves
“A dança não é diversão mas sim religião, a religião da beleza. Para quem dança, o movimento é um meio de expressão dos sentimentos e pensamentos da alma.”
Isadora Duncan
“Vivemos porque dançamos, vivemos enquanto dançamos...”
Rudolf Nureyev
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